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11 Dicas de Camila Reitz para Conectar a Respiração nos Asanas
11 Dicas para Conectar a Respiração na Prática de Asanas
Por Camila Reitz
1. Durante toda a prática de ásanas, a respiração deve ser longa, uniforme, sem interrupções, e com a mesma intensidade durante todo o tempo de inspiração e exalação. Ou seja, o ar deve fluir com a mesma intensidade, do início ao fim da inspiração e da exalação. Geralmente, iniciantes tendem a tomar muito ar no início da inspiração e, no final, não conseguem colocar mais ar para dentro, ficando sem fôlego. Já na exalação, soltam todo o ar logo no início, perdendo o controle do processo respiratório. Desta forma, os pulmões se esvaziam como uma bexiga. O controle da respiração vem através do. treino da concentração no ato de inspirar e exalar profunda e conscientemente.
2. A respiração em ujjai pranayama, feita de modo sussurante, faz com que o praticante mantenha a atenção no fluxo do ar, pois esse som assim produzido acaba por atenuar ou até mesmo eliminar a trilha sonora dos pensamentos, mantendo o praticante mais consciente no momento presente.
3. De modo geral, movimentos ascendentes e de abertura do corpo, como as extensões, devem ser executados juntamente com a inspiração. Um exemplo: urdhva hastásana, o primeiro movimento da saudação ao sol. O ar entrando dentro dos pulmões, faz o corpo se abrir
naturamente, tornando-o mais leve. Com isso a respiração acaba ajudando o corpo a se abrir, a prática fica mais leve, fácil e prazeirosa, além de proteger o corpo de lesões. A exceção fica por conta de movimentos em que a força se faça mais necessária, valendo nesse caso a regra contrária: expirando para fazer a elevação. Um exemplo: passar de chaturanga dandásana para adhomukha svanásana.
4. Os movimentos descendentes e de flexão do corpo, são executados juntamente com a exalação. O ar saindo dos pulmões tende a fechar e relaxar o corpo, faz com que o corpo se torne mais pesado, ajudando a aprofundar as posturas sem forçar.
5. Geralmente após a preparação da postura com uma inspiração profunda, a entrada nela é feita com uma exalação longa. A saída da postura, após a última exalação profunda, é feita na inspiração, dando leveza e proteção ao corpo.
6. Todos os movimentos de entrada e saída das posturas devem fazer-se conectados com a respiração. É esse o motivo pelo qual, quando a prática é feita com concentração suficiente, o praticante não deixa de observar nenhuma respiração. Assim, ele se mantém totalmente presente na observação do ar fluindo, sem desconcentrar-se ao mudar de postura.
7. Durante a prática, mula e uddiyana bandha devem estar presentes.
8. Ao inspirar, o uddiyana bandha deve estar mais ativo, levando a respiração para todos os cantos do tronco, abrindo as costelas e aprofundando a postura. Com isso, a consciência chega em lugares do corpo que de outra maneira permaneceriam inacessíveis. Isso também faz com que o praŠa, a energia vital, se eleve pela coluna para os chakras superiores.
9. Ao exalar o mula bandha deve estar mais ativo, evitando que a energia se disperse e concentrando-a nos chakras inferiores. Respirando desta forma, "varremos" e distribuímos a energia vital ao longo do corpo, equilibrando a energia em todos os chakras.
10. A qualidade da respiração reflete o equilíbrio da mente e a concentração na prática. Além disso, é o termômetro que mostra se estamos de fato mantendo-nos dentro dos limites saudáveis para nós mesmos. Quando a respiração se torna ofegante, é sinal de que ultrapassamos esses limites. Se isso acontecer, redobre a atenção na respiração e evite forçar. A respiração não deve ficar ofegante em nenhum momento.
11. Não ouvir a própria respiração durante a prática pode ser sinal de que talvez a consciência esteja em algum outro lugar. Nesse caso, lembre que a respiração, é a âncora que lhe mantém no momento presente. A respiração é uma das ferramentas mais importantes que o yogue utiliza para dominar a mente e manter-se consciente. Então, aproveite para utilizar esta ferramenta com mais freqüência em sua prática
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